
Nova luz sobre a tragédia do Air India
Os indícios fortes já davam sinais de algo profundamente errado, mas poucos esperavam um detalhe tão chocante sobre o acidente do Air India em Ahmedabad, no último 12 de junho. Segundo o relatório preliminar do Bureau de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia, o suprimento de combustível para os dois motores do Boeing 787-8 foi cortado segundos após a decolagem. Não houve falha de motor, pane elétrica ou interferência externa: os próprios controladores de combustível haviam sido desligados, deixando a aeronave sem qualquer impulso para se manter no ar.
No áudio do cockpit, a tensão transborda. Um dos pilotos pergunta abertamente por que aquilo aconteceu, ao que outro já responde dizendo não ter sido responsável pela mudança. Pouco depois, em menos de 40 segundos, o avião já estava caindo sobre um bairro residencial próximo ao hospital Byramjee Jeejeebhoy.

Vítimas, sobrevivente e impacto sobre a aviação
Os números impressionam: das 242 pessoas a bordo — entre passageiros e tripulação — apenas um homem saiu vivo: um britânico com ascendência indiana, que viajava na poltrona 11A. No solo, o impacto matou ainda 19 moradores e deixou centenas de feridos, alguns com sequelas permanentes devido ao incêndio e destroços.
O voo IA231 estava lotado, principalmente com passageiros indo a Londres, onde parte dos viajantes aguardava reencontrar familiares e amigos. Dos passageiros, 53 eram britânicos, outros 169 indianos e o restante composto por tripulantes.
A tragédia mexeu não só com quem perdeu alguém — ou escapou por pouco — mas comprometeu a reputação da segurança aérea indiana. Muitas famílias relatam que o atendimento das seguradoras está travado devido ao processo investigativo ainda em curso.
Quase imediatamente, a Autoridade Europeia para Aviação entrou em cena, vasculhando documentos e registros da Air India Express, subsidiária de baixo custo da companhia, suspeita de registros de manutenção falsificados e atrasos em reparos essenciais. O histórico da empresa, que já enfrentou problemas de manutenção em outras aeronaves, agora passa por uma devassa internacional.
A economia local também sentiu: o bairro atingido ficou isolado por dias, casas foram interditadas e centenas perderam seus pertences — tudo consequência direta do desastre e do impacto de um avião de grande porte sobre uma área densamente povoada.
No meio de tanto caos, destaca-se o alerta para revisão urgente dos protocolos de cortes de combustível e práticas de segurança, tema que segue causando discussões acaloradas entre pilotos, engenheiros e passageiros.