
Em final da Libertadores Feminina 2025, Estádio Florencio Sola, Banfield, Buenos Aires foi palco de um duelo que deixará marca nos anais do futebol sul‑americano. Corinthians superou o Deportivo Cali por 5 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols nos 90 minutos + acréscimos, garantindo o sexto título continental. O árbitro central foi a argentina Maria Laura Fortunato, assistida por Gisela Trucco e Carla López, com o VAR operado por Salome Di Iorio.
À frente do time, o treinador Lucas Piccinato marcou a equipe com a mesma confiança que o levou ao título em 2019, 2021, 2022, 2023 e 2024. A formação inicial contou com Nicole entre as traves, a defesa de Thais Ferreira, Erika e Mariza, o meio‑campo de Letícia Monteiro (substituída por Jhonson), Duda Sampaio, Dayana Rodríguez e Gisela Robledo (trocada por Jaqueline) e o ataque liderado por Tamires (quebrando por Juliete), Vic Albuquerque e Gabi Zanotti.
Contexto histórico da Libertadores Feminina
Desde a primeira edição em 2009, a competição tem evoluído de um torneio modesto para o principal palco do futebol feminino sul‑americano. O Corinthians, que inaugurou sua equipe feminina em 2016, já era duas‑vezes vencedor antes de iniciar a fase dominante que resultou em cinco títulos consecutivos (2019‑2024). Essa sequência fez do clube a maior potência feminina do continente, superando rivais históricos como o Colo‑Colo chileno e a Ferroviária paulista.
Para o Deportivo Cali, 2025 marcou a primeira final de sua história. O clube colombiano, fundado em 1912, investiu pesado nos últimos anos, trazendo jogadoras como Agudelo e Bermeo, que já haviam sido destaque em edições anteriores.
Os detalhes da final em Banfield
No primeiro tempo, as oportunidades foram escassas. Gabi Zanotti chegou a quase abrir o placar com uma cabeçada que foi anulada após revisão de VAR por impedimento. A defesa de Nicole foi testada, mas ela manteve a meta intacta. No segundo tempo, Tamires tentou finalizar de fora da área, mas a guarda‑redes colombiana Agudelo fez defesa segura.
Com os acréscimos chegando ao fim, a partida seguiu 0 a 0, levando a decisão para a disputa de pênaltis. O Corinthians converteu todas as cinco cobranças: Nicole, Thais Ferreira, Duda Sampaio, Vic Albuquerque e Juliete marcaram com segurança. O Deportivo Cali, por sua vez, errou duas das quatro tentativas, incluindo uma que bateu na trave, selando o placar de 5‑3.
Os cartões amarelos foram distribuídos a Perlaza (Deportivo Cali), ao técnico Lucas Piccinato e à jogadora Jhonson (Corinthians), mostrando a intensidade da partida.
Reações e impactos para o futebol feminino
Logo após o apito final, o presidente do Corinthians, Anderson Barros, declarou que o título reforça o compromisso do clube com o desenvolvimento do futebol feminino: "É um marco que demonstra que investimento gera resultados e inspira meninas em todo o Brasil".
Os torcedores celebraram nas redes sociais, com mais de 2,3 milhões de visualizações no vídeo da final divulgado pela Globoplay e ESPN Brasil. A conquista também trouxe um prêmio financeiro ainda não revelado, mas estimado em torno de US$ 1,5 milhão, que a CONMEBOL costuma destinar aos campeões.
Para o Deportivo Cali, apesar da derrota, o técnico Jhon Ortíz elogiou a equipe: "Chegamos aqui para mudar a história do futebol feminino colombiano. O futuro está garantido".
Próximos passos e perspectivas
Com a campanha invicta (7 vitórias, 1 empate), o Corinthians encerrou a Libertadores Feminina 2025 na primeira posição da tabela geral, seguido pelo Deportivo Cali em segundo, Ferroviária em terceiro e Colo‑Colo em quarto. A diretoria já sinaliza a ampliação do centro de treinamento feminino e a busca por novos patrocínios que aproveitem o "efeito hexa".
O próximo desafio será a Supercopa da América Feminina, prevista para março de 2026, onde o Corinthians deverá defender o título contra representantes da CONMEBOL.
Perguntas Frequentes
Como a vitória do Corinthians impacta o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil?
O hexa consolida o clube como referência de investimento e estrutura, inspirando outras equipes a ampliar seus projetos. Além disso, o prêmio financeiro estimado em US$ 1,5 milhão pode ser reinvestido em categorias de base, aumentando oportunidades para jovens atletas.
Qual foi o desempenho do Deportivo Cali na campanha até a final?
O time colombiano teve 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota na fase de grupos e avançou nas fases eliminatórias com margens de 3 a 1 contra o Atlético Nacional e 2 a 0 sobre a Boca Juniors, mostrando evolução significativa.
Quem foram os destaques individuais na partida?
Nicole brilhou nas defesas, Duda Sampaio comandou o meio‑campo e marcou o gol da cobrança decisiva. Do lado colombiano, Agudelo foi a principal salva‑gole, impedindo duas chances claras.
Quando acontecerá a próxima competição continental feminina?
A Supercopa da América Feminina está programada para 15 de março de 2026, reunindo os campeões da Libertadores e da Copa Sul‑América de 2025.
Qual a importância da arbitragem feminina na final?
Maria Laura Fortunato, a árbitra central, mostrou que a presença feminina nos comitês de arbitragem está se consolidando, trazendo mais representatividade e perspectiva ao futebol sul‑americano.