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George Russell domina GP de Singapura 2025 e leva Mercedes à pole e vitória

George Russell domina GP de Singapura 2025 e leva Mercedes à pole e vitória

Quando George Russell, piloto da Mercedes conquistou a pole position e venceu o Grand Prix de Singapura 2025Marina Bay Street Circuit, o cenário das ruas de Singapura ficou em polvorosa. A corrida, disputada em domingo, 22 de setembro de 2025, marcou a primeira pole da Mercedes desde 2018, quando Lewis Hamilton liderava a equipe. O dominó de Russell, que bateu o recorde de volta em 1:29.158, foi o ponto de partida para um fim de semana que ficou marcado por tensão entre os rivais da McLaren e pela retomada de confiança da Mercedes.

Contexto histórico e a busca por triunfos em Singapura

O GP de Singapura, inserido no calendário desde 2008, sempre foi conhecido pelas noites quentes, chuva inesperada e por ser um dos poucos circuitos onde a posição de largada costuma selar o vencedor. De fato, dez dos últimos quinze corridas foram vencidas a partir da pole. Para a Mercedes, o último destaque naquele circuito foi o título de 2018. Já Max Verstappen, da Red Bull, chegava como atual campeão mundial, querendo provar que o domínio da temporada ainda não havia acabado.

Desenvolvimentos da qualificação: Russell supera Verstappen

Na sessão de Q3, Russell cravou 1:29.158, batendo o recorde anterior por quase três centésimos de segundo. Max Verstappen ficou logo atrás, com 1:29.340 – diferença de 0.182 segundo que deixou a equipe holandesa irritada, mas ainda confortada com a segunda colocação. O terceiro posto foi tomado por Oscar Piastri, da McLaren, que colaborou para a confirmação do campeonato de construtores da equipe australiana.

Entre os destaques, Lando Norris teve um desempenho abaixo das expectativas, brigando por quinta posição e comentando que o ritmo de Russell estava "fora da nossa liga". O italiano Charles Leclerc, da Ferrari, ficou em sexto, enquanto o veterano Hamilton fez a sétima fila, longe da equipe que o viu partir para a Mercedes em 2013.

Corrida: da largada ao pódio

O início foi agitado. Uma hora antes da largada, uma chuva passageira molhou a pista, mas não o suficiente para exigirem pneus de chuva. Russell manteve a linha de partida e saiu à frente, enquanto Verstappen, no carro de composto macio, perdeu a oportunidade de ganhar posição logo nos primeiros metros. A verdadeira explosão aconteceu logo na primeira volta, quando Norris ultrapassou Kimi Antonelli (Kimi Antonelli) na curva 1 e tentou avançar contra Piastri na curva 3. O contato com a traseira do Red Bull de Verstappen deixou o carro de Norris com um desvio de direção, provocando um leve dano ao seu volante.

Apesar do susto, Norris conseguiu recuperar o ritmo e, ao fim da corrida, subiu ao terceiro degrau do pódio, terminando apenas 6.0 segundos atrás de Russell. Verstappen manteve a segunda colocação, 5.4 segundos menor que o vencedor, consolidando sua segunda posição do fim de semana.

A vitória de Russell chegou com margem confortável: 5.4 segundos de vantagem – um intervalo considerável num circuito noturno onde a diferença costuma ser de poucos décimos. O britânico cruzou a linha com 1:32:15.842, enquanto o holandês terminou em 1:32:21.245.

Reações das equipes e dos pilotos

Reações das equipes e dos pilotos

Após a corrida, Russell descreveu a performance como "um dos melhores fins de semana da minha carreira" e elogiou a estratégia de pneus da Mercedes, que manteve os compostos médios até o fim. Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, destacou que a vitória “marca um retorno ao protagonismo que a equipe sempre buscou”. Por outro lado, a McLaren viveu um clima de tensão. Piastri, visivelmente frustrado, afirmou que "a agressividade de Norris quase nos custou a corrida" e que o incidente revelou "falhas de comunicação dentro da equipe".

Verstappen, em entrevista pós-corrida, elogiou a velocidade de Russell, mas garantiu que "a Red Bull está focada em fechar a diferença nas próximas rodadas". Norris, ainda recuperando o ânimo, disse que "o carro ainda tem muito a melhorar, principalmente naquele eixo dianteiro que nos deu dor de cabeça".

Impactos e próximos passos

O resultado tem implicações imediatas no campeonato. A Mercedes sobe para a segunda posição geral, ainda a sete pontos de distância da Red Bull. Russell, com duas vitórias já confirmadas, consolida seu lugar como candidato ao título, enquanto o combate na ponta de equipe fica ainda mais acirrado.

Para a McLaren, o título de construtores chegou, mas a briga interna entre Norris e Piastri pode ser um ponto de atenção nos próximos GPs. A equipe deve reorganizar a estratégia de comunicação para evitar novos atritos, sobretudo em circuitos de alta pressão como Singapura.

O próximo grande desafio será o GP de Suzuka, onde a chuva costuma ser uma variável decisiva. Russell pretende aproveitar o impulso, enquanto Verstappen busca fechar a diferença. A corrida de Singapura ficará na memória como um marco da primeira pole da Mercedes em sete anos e como prova de que a pontuação de qualificação ainda pode ser decisiva.

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Russell afeta o campeonato de pilotos?

Com a vitória em Singapura, Russell soma 25 pontos, aproximando-se do líder Max Verstappen, que ficou com 18. Agora a diferença entre os dois está em 12 pontos, tornando a disputa ainda mais aberta nas próximas etapas.

O que mudou na estratégia da Mercedes para garantir a pole?

A equipe ajustou o mapa de potência do motor e focou em um layout aerodinâmico que favorecia a velocidade nas retas curtas do circuito urbano, além de escolher pneus médios que ofereceram o melhor compromisso entre aderência e durabilidade.

Quais são as perspectivas da McLaren após o incidente entre Norris e Piastri?

A McLaren ainda celebra o título de construtores, mas o atrito interno pode comprometer o ritmo da equipe. Os diretores prometem melhorar a comunicação entre os pilotos e trabalhar em ajustes de suspensão para evitar novos choques.

Qual a importância do GP de Singapura para a história da Fórmula 1?

É o único circuito noturno do calendário, conhecido por sua dificuldade em converter a largada em vitória. O fato de 10 de 15 últimos vencedores partirem da pole reforça a estratégia de qualificação como elemento decisivo.

1 comentário

Raquel Sousa

Raquel Sousa

Russell detonou, mas não é milagre, foi só a Mercedes lembrando quem manda.

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