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Lanús x Fluminense: onde assistir, data e prováveis escalações nas quartas da Sul-Americana

Lanús x Fluminense: onde assistir, data e prováveis escalações nas quartas da Sul-Americana

Onde assistir, data e o clima do jogo

Mais de 35 mil vozes empurraram o time da casa no Estadio Ciudad de Lanús, na província de Buenos Aires, no primeiro capítulo das quartas de final da Copa Sul-Americana, em 16 de setembro de 2025. É um duelo pesado de mata-mata continental, com pressão de todos os lados e uma vaga na semifinal como prêmio imediato.

Para quem acompanha do sofá, a partida teve transmissão ao vivo em múltiplas plataformas. Nos Estados Unidos, o jogo passou no beIN SPORTS USA. No Brasil, o streaming ficou a cargo do Paramount+ Brasil. A CONMEBOL também fez cobertura ampla em seus canais oficiais, com lances, estatísticas e análises de arbitragem e VAR.

Em uma competição que premia constância e frieza, cada minuto importa. O jogo de volta está marcado para o Maracanã, no Rio de Janeiro, e a leitura do que acontecer na Argentina pesa diretamente na estratégia da semana seguinte. Sem espaço para devaneios: quem controla a emoção, sobrevive.

  • Jogo: Lanús x Fluminense
  • Competição: Quartas de final da Copa Sul-Americana (ida)
  • Data: 16/09/2025
  • Local: Estadio Ciudad de Lanús (ARG)
  • Transmissão: beIN SPORTS USA (EUA) e Paramount+ Brasil; cobertura nos canais oficiais da CONMEBOL
  • Volta: Maracanã, Rio de Janeiro

Vale lembrar o regulamento em vigor na CONMEBOL: não há mais gol qualificado (o chamado gol fora não é critério de desempate). Se a soma dos dois jogos terminar empatada, a decisão vai direto para os pênaltis após o apito final do duelo de volta. Esse detalhe muda a matemática de risco: explorar o ataque com cuidado, sem supervalorizar marcar fora de casa.

Panorama tático, desfalques e prováveis escalações

Panorama tático, desfalques e prováveis escalações

O Lanús chegou à partida pressionado por um problema real: cinco desfalques por lesão. Não é pouco. Isso mexe na rotação, obriga a ajustar coberturas e acelera a promoção de garotos da base. O plano, diante desse cenário, tende a ser pragmático: bloco médio/baixo, linhas curtas e muita disciplina sem a bola. Fechar o corredor central, convidar o adversário a cruzar e tentar transições rápidas pelos lados.

É a cartilha clássica de quartas: reduzir espaços, ganhar segundas bolas e apostar na bola parada. Escanteios e faltas laterais valem ouro em jogos de tiro curto. O time argentino, quando completo, costuma alternar entre o 4-4-2 e o 4-2-3-1. Com as ausências, a tendência é proteger a zaga com dois volantes de boa leitura e pedir amplitude com pontas obedientes, que também recomponham.

Do outro lado, o Fluminense desembarcou em Buenos Aires com a missão de trazer um resultado que alivie a volta no Maracanã. O time é conhecido pela posse paciente, circulação curta e ataques sustentados com laterais que apoiam por dentro ou por fora, conforme o jogo pede. A saída de bola apoiada, com dois volantes e um meia que se aproxima dos zagueiros, tenta atrair a pressão para achar o passe de ruptura em diagonal.

Esse estilo tem prós e contras fora de casa. Se a equipe carioca perde a bola com muita gente no campo de ataque, expõe o espaço nas costas dos laterais. A resposta é intensificar a pressão pós-perda: três, quatro segundos de caça coordenada para recuperar o controle e evitar contra-ataques. Quando funciona, o time fica plantado no terço final, trocando passes até achar a brecha. Quando falha, sofre com corridas longas do rival.

No desenho provável, o Lanús deve alinhar um 4-4-2 compacto ou um 4-2-3-1 conservador: goleiro seguro no jogo aéreo, dupla de zaga com boa bola aérea, laterais contidos, dois volantes de combate, pontas dedicados a fechar linhas de passe e um centroavante de referência para segurar a primeira bola. As ausências por lesão podem abrir espaço para dois ou três jovens formados no clube, especialmente no meio e nas pontas.

O Fluminense tende a um 4-2-3-1 que vira 3-2-5 com a bola: goleiro participativo na construção, zagueiros confortáveis no passe, um lateral ficando por dentro para criar a linha de três, dupla de volantes alternando altura, meia central como cérebro para acelerar ou pausar, pontas móveis atacando meio-espaços e um 9 para finalizar. Se o jogo pedir mais força, entram peças de velocidade pelo lado; se exigir controle, entram mais passadores no meio.

Alguns pontos que devem pesar no andamento da partida:

  • Setor das laterais: duelo físico e repetição de cruzamentos. Quem vencer o corredor dita o volume.
  • Pressão pós-perda do Fluminense: ou recupera rápido, ou abre campo para transições perigosas do Lanús.
  • Bola parada: com estádio cheio e jogo amarrado, escanteios e faltas laterais podem decidir.
  • Gestão de energia: com baixa margem para erro, cartões e cansaço mudam o roteiro cedo.
  • VAR e arbitragem: linha de impedimento, mão na bola e controle de jogo forte para evitar descontrole.

Contexto histórico ajuda a medir o tamanho do confronto. O Lanús conhece o caminho: foi campeão da Copa Sul-Americana em 2013, num projeto que combinou base forte e execução tática rara para o tamanho do orçamento. O Fluminense, por sua vez, busca uma conquista que ainda não tem. Já bateu na trave em 2009 (vice da Sul-Americana) e ganhou musculatura internacional após levantar a taça da Libertadores recentemente, o que eleva a régua de cobrança.

Financeiramente, a classificação vale uma bolada em premiações e vitrine. Desportivamente, vale ainda mais: calendário forte, moral e possibilidade real de título internacional. E tem o efeito colateral: quem passa, atrai olhares de mercado para seus talentos — dos veteranos que seguram o vestiário aos garotos que aparecem sob holofotes.

Um último detalhe tático: com o fim do gol fora como critério, o peso do primeiro gol muda de lugar. Ele segue valendo psicologicamente, claro. Mas não dá para se esconder atrás de uma vantagem magra pensando na “conta do regulamento”. As comissões técnicas já trabalham esse cenário: se fizer 1 a 0, o que muda? Se levar um gol cedo, como reagir? Planos A, B e C prontos e treinados.

Em campo, a fotografia deve mostrar um Lanús competitivo, mesmo desfalcado, tentando controlar a área e acelerar quando puder. E um Fluminense paciente, ciente de que o relógio pode ser aliado ou inimigo dependendo da escolha com a bola. É quartas de final: não tem margem para relaxar. Cada virada de corpo, cada disputa aérea, cada decisão do apito entra na soma que define quem segue vivo rumo à semifinal.

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