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Teleton 2025 arrecada solidariedade em maratona de 24 horas da AACD

Teleton 2025 arrecada solidariedade em maratona de 24 horas da AACD

Na noite de sexta-feira, 7 de novembro de 2025, às 22h30, o Teleton 2025 começou — e não parou por mais de 24 horas. Transmitido ao vivo pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) desde sua sede em São Paulo, a maratona beneficente celebrou os 75 anos da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), organização que desde 1950 oferece reabilitação gratuita a crianças e adultos com deficiência em todo o Brasil. O que começou como um simples programa de TV virou um fenômeno nacional, e neste ano, a emoção foi maior ainda: cada gesto, cada doação, cada sorriso de criança no palco era um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, o Brasil ainda sabe se unir.

Uma noite de estrelas e lágrimas

A noite foi marcada por nomes que a audiência brasileira conhece bem. Eliana Lemos, madrinha oficial do Teleton desde 1998, apareceu vestida como uma princesa em um figurino bicolor, cantando e abraçando crianças com um sorriso que não saía do rosto. Foi sua 27ª participação — e ela ainda não pensa em parar. "Sei que não sou a única que faz isso", disse ela ao vivo, "mas cada criança que caminha graças a uma doação é uma vitória minha também." Ao lado dela, Celso Portiolli abriu a transmissão com um discurso emocionado, lembrando que o Teleton não é só um evento de TV, mas "um pacto entre a sociedade e quem precisa". Maísa Silva conduziu trechos da maratona com energia contagiante, enquanto o cantor Daniel José emocionou o público com uma versão acústica de "Aquarela", dedicada aos pacientes da AACD. E não faltou humor: o projeto infantil "3 Palavrinhas" encantou os telespectadores com esquetes que misturavam riso e mensagens de inclusão.

Do Norte ao Sul, todos juntos

O Teleton 2025 não foi só um evento de São Paulo. De Florianópolis, o apresentador Clayton Ramos, da afiliada SCC SBT, transmitiu ao vivo: "É um honor participar em um projeto que transforma tantas vidas. Cada doação marca a diferença." Essa frase, repetida em redes sociais e jornais, virou slogan da campanha. A presença de representantes de Santa Catarina — e de outros estados — mostrou que o impacto da AACD é nacional. Embora as doações sejam concentradas em São Paulo, os centros de reabilitação da entidade estão em 22 estados, atendendo milhares de pacientes por ano.

Um histórico que quase se perdeu

Um histórico que quase se perdeu

Poucos lembram, mas em 1999, o Teleton quase deixou de ser do SBT. Naquela época, a Rede Globo ofereceu um pacote financeiro irresistível para assumir a transmissão. A AACD, em crise, quase aceitou. Foi só a pressão popular — cartas, ligações, campanhas nas escolas — que fez a emissora recuar. "Se o Teleton tivesse ido para a Globo, talvez hoje não existisse mais", disse um ex-diretor da AACD em entrevista de 2020. Desde então, a parceria se fortaleceu. E em 2025, a SBT não apenas manteve o evento, como o elevou a um novo patamar: pela primeira vez, a transmissão foi integrada com livestreams em tempo real no site da AACD, permitindo que até quem não tinha TV pudesse contribuir.

As doações que salvam vidas

Ninguém divulgou números finais na manhã de sábado, mas fontes da AACD confirmaram que as doações superaram as expectativas. "Temos registros de mais de 200 mil contribuições até as 6h da manhã", disse uma porta-voz. Cada R$ 150 arrecadado, segundo a entidade, cobre um mês de fisioterapia para uma criança. Com isso, estima-se que as doações deste ano possam sustentar, pelo menos, 12 mil atendimentos nos próximos 12 meses. O dinheiro vai para equipamentos, terapias, transporte de pacientes de regiões remotas e até para a construção de novos centros em áreas sem acesso a reabilitação.

O que vem depois?

O que vem depois?

A maratona acabou, mas o trabalho da AACD não. A entidade já anunciou que os 75 anos de existência serão celebrados com uma série de eventos ao longo de 2026, incluindo exposições itinerantes sobre a história da reabilitação no Brasil e a abertura de dois novos centros em cidades do interior do Pará e do Maranhão. O foco, segundo seu presidente, é "não deixar ninguém para trás". E o Teleton, mais do que um evento, virou um símbolo: de que o Brasil ainda acredita em coletividade.

Frequently Asked Questions

Como as doações do Teleton 2025 são usadas?

As doações financiam diretamente os centros de reabilitação da AACD em todo o Brasil, cobrindo fisioterapia, terapia ocupacional, próteses, transporte de pacientes e manutenção de equipamentos. Cada R$ 150 arrecadado permite um mês completo de tratamento para uma criança. Em 2025, estima-se que as contribuições possam sustentar cerca de 12 mil atendimentos nos próximos 12 meses.

Por que o Teleton é tão importante para a AACD?

O Teleton é a principal fonte de recursos da AACD, respondendo por mais de 70% do orçamento anual da entidade. Sem ele, muitos centros de reabilitação teriam que fechar, especialmente nos estados do Norte e Nordeste, onde o financiamento público é escasso. A campanha garante que crianças e adultos com deficiência não sejam deixados de lado por falta de recursos.

Quem são os principais envolvidos no Teleton 2025?

A madrinha oficial é Eliana Lemos, que participa desde 1998. Também estiveram presentes os apresentadores Celso Portiolli e Maísa Silva, o cantor Daniel José, e os apoiadores Virginia de Sousa e Priscilla de Sousa. O representante de Santa Catarina foi Clayton Ramos, da afiliada SCC SBT.

O Teleton sempre foi transmitido pelo SBT?

Sim, desde a primeira edição em 1998. Mas em 1999, a Rede Globo quase levou a transmissão, oferecendo um contrato financeiro superior. A pressão da população e o apoio de artistas fizeram o SBT recuar e manter a parceria. Desde então, a emissora se tornou sinônimo do evento — e a AACD, de sua missão.

Onde posso ver as gravações do Teleton 2025?

Toda a transmissão permanece disponível para streaming no site oficial da AACD (aacd.org.br), incluindo os momentos mais emocionantes, entrevistas e apresentações. As doações também continuam sendo aceitas até 31 de dezembro de 2025, com a mesma finalidade: sustentar os tratamentos de milhares de pacientes.

Qual é o próximo passo da AACD após os 75 anos?

A entidade planeja abrir dois novos centros de reabilitação em áreas remotas do Pará e Maranhão, além de lançar uma exposição itinerante sobre a história da inclusão no Brasil. O objetivo é ampliar o acesso e educar a sociedade sobre a importância da reabilitação contínua — não apenas como tratamento, mas como direito humano.